Entrevista com Cris Matthiesen.

em 18 de outubro de 2018


Boa Noite amantes das letras!

Como vocês estão nessa noite de quinta? Espero que bem! ❤

Hoje trago pra vocês algo bem diferente, e que já digo de antemão, foi uma delicia fazer.

O Doces Sonhos juntamente com suas parceiras @coisinhasdajuh, @liih.santos.87, @lendo.nasnuvens preparamos um entrevista incrível com a autora da Duologia Colateral Cris Matthiesen, nós estamos encantadas com essa autora nacional que tem um trabalho incrível e como ser humano consegue ser mais incrível ainda.

Não deixem de conhecer seu trabalho através das redes sociais e seu site, deixarei todos os contatos no final do post!

Continue com a gente e conheça um pouquinho mais dos bastidores desse romance cheio de mistérios.






D: Nome completo?

C: Cristina Queiroz Junqueira

D: Idade?

C: 53 anos feitos

D: Onde nasceu?

C: Rio de Janeiro

D: Qual sua formação acadêmica?

C: Na minha época era segundo grau completo e não era necessário faculdade para fotografar.

D: Como você descreve a pessoa atrás da escrita?

C: Ela é tão igual a mim que não existe uma pessoa diferente. Existe um ser que não está pensando num mundo imaginário, onde eu consigo criar coisas e fatos. Daí vira um tédio e odeio não estar fazendo algo que me estimule. Fico mal humorada por ter que pensar em coisas simples como comprar pão ou ir ao dentista. Ok. Ninguém gosta de ir ao dentista, mas eu também não gosto do cotidiano. É simplesmente muito chato.

D: Quando começou a escrever?

C: Desenhando. A professora nos contava sobre Tiradentes, logo eu desenhava a história dele. Uns 5 anos eu acho.

D: E por qual motivo sentiu essa vontade?

C: Porque eu gostava de contar meu cotidiano enfeitando-o com coisas mais legais. Todo mundo sabia que era uma invencionice minha, e por isso prestavam a atenção.

D: Em que momento decidiu divulgar seu trabalho?

C: Só no ano passado. Lancei Não Confie com um pseudônimo de Fiona Valois. Não deu certo, porquê Fiona não tinha amigos como Cris Matthiesen. Uso o sobrenome que minha mãe tirou do meu nome por ela ter tido que soletrar a vida toda. Era da minha avó materna, uma inglesa que veio para o Brasil ainda jovem.

D: Como é o seu cotidiano como escritora?

C: Se o mundo não estiver desabando, muitas vezes ele está, eu escrevo pela manhã. De 10 as 13hs. Minha cabeça está mais limpa e meu foco é maior. Depois mando os capítulos para serem copidescascados pela primeira vez, onde aceito ou rejeito as sugestões.  Daí reescrevo e o processo se faz novamente até cada capítulo ficar limpo e ser enviado para a revisão.

D: Faz ou já fez algum tipo de laboratório?

C: A vida é meu laboratório. Muitas coisas que escrevo aconteceram de fato ou comigo ou com alguém. Juntar as partes me faz lembrar uma enorme colcha de retalhos. Pode ficar boa, mas pode ficar muito ruim.

D: Tem ajuda de alguém de alguma maneira quando escreve?

C: Sim. Da equipe do Paralelamente. Eles são ao mesmo tempo a tesoura, a cola, a linha mestra. Sem eles estaria perdida. Acham furos, rombos, erros e tudo que possa prejudicar o texto em si. Muitas vezes, sugerem milhares de mudanças para o texto ficar mais coeso e fácil de ler.

D: Como cria seus personagens?

C: Eu normalmente crio uma realidade paralela. Por exemplo: Thomas saiu do jornal inglês The Guardian. Li um fato e aquilo chamou minha atenção. Então imaginei como seria esse homem na infância, na adolescência e adulto. Como ele se vestiria, qual seria seu jeito de ser. Sua voz. Max eu me baseei numa menina que não sei o nome. Um dia estávamos num lugar onde havia um piano. Ela chegou do nada, tocou o piano e simplesmente era maravilhoso. Sua voz, sua forma de tocar com seus 17 anos, talvez, os cabelos negros, os olhos claros, a pele também muito clara e dai fiz ao contrário. Como seria a infância daquela jovem punk? Seus pais, sua revolta, seus amigos, seu jeito solitário e sofrido, etc.

D: Como desenvolve cada um deles?

C: Lukas foi um presente porque eu via muitos meninos nessa idade e ficava observando a forma de andar, falar e pensar. Saul nasceu de um amigo que tive na infância que sempre que havia algo perigoso ele aparecia. Personagens que são vilões são fáceis para minha criação. Acho que eu tive muita gente em que me inspirar. Então penso num momento como um garotinho de 4 anos ou um homem adulto de 50. Eles tomam conta de mim. No final, estou exausta. Quero que eles desapareçam. Nem olho a revisão final. Deixo por conta do Paralelamente.

D: Tem alguma mania ao escrever?

C: Sim. Penso no título do capítulo e aí vem uma frase como “ Descontando o cheque" e dou início ao capítulo até o título aparecer e sempre gosto de fechar cada capítulo de forma novelesca, como usamos no linguajar de roteiro. Fiz dois cursos para roteiro de cinema e outro para tv. Só sei escrever com a obra aberta, porque se fecho me sinto tolida e engessada dentro daquele limite e preciso do ilimitado, da liberdade de deixar sempre algo no ar. Pistas falsas, eu diria.

D: Em quais momentos você escreve?

C: Quase nunca à tarde. Normalmente pela manhã ou tarde da noite. Tenho o world instalado em meu telefone, tablet e PC. Tudo conectado pelo onedrive.

D: Qual seu gênero favorito para leitura?

C: Mais fácil dizer do que não gosto. Não me conecto com histórias que os personagens não são bem aproveitados. Tem que ter densidade. E não sou fã de livros que cada dois segundos tem um casal chato transando em qualquer lugar. Odeio uma boa ideia mal aproveitada. Mas se tivesse que chutar um gênero seria o thriller psicológico que muita gente boa escreve. Gosto de romances puxado para o drama e biografias.

D: E em relação à escrita, qual seu gênero favorito ao escrever?

C: Eu tinha resolvido escrever um romance simples. Quando me dei conta eu já estava descambando para o mistério. Então eu acho que é mistério. Deixar alguém curioso por um tempo é uma delícia.

D: Esperava que seus livros fossem tão bem aceitos?

C: Honestamente não. Achava que não daria nem um caldo ralo que dirá uma sopa mais grossa. Foi surpreendente. Até agora eu me surpreendo. Óbvio que deve ter gente que não deve ter gostado. Mas ninguém que não tenha gostado veio me contar ainda. Eu gosto das críticas porque elas nos ajudam a melhorar. Uma mulher disse que meu livro Não Confie tinha muito palavrão. No segundo já não usei tanto esse recurso coloquial. Ajuda muito. Prestar atenção no motivo da pessoa ter feito tal comentário.

D: Tinha medo das criticas?

C: Tive medo de me assumir na escrita. Eu sempre fui conhecida nas redes sociais como fotógrafa. Então escrevi Duas Vidas sem contar para ninguém. Na época eu tinha muitas dúvidas sobre a minha linguagem mais adolescente.  Então escrevi outro, mais maduro, Preá. Depois disso ainda publiquei o Não Confie com pseudônimo até resolver associar meu nome ao livro. Daí ele começou a decolar. Meus amigos diziam: “Ah! Eu quero ler”. E, segui o Conselho do meu médico que em 2013 me mandou ligar o Fo@@#e. E daí a crítica do que será que vão pensar desapareceu.

D: Como se sente se permanece um dia sem escrever?

C: Tranquila, até porque tenho fases de bloqueio criativo.  Levei um mês para fechar o último capitulo do Sem Perdão. Cada dia de espera era como se alguém estivesse amassando meu peito com um joelho. Foi aterrorizante.

D: O que faz em suas horas de lazer?

C: Amigos! Explicando melhor: conversar com eles e estar com eles. Rir muito e viajar também. Fotografar qualquer coisa. Pesquisar material para gerar novas ideias, estar perto de quem gosta de mim, cuidar da minha saúde com esmero, por que ter algo crônico é um porre. Então eu preciso estar sempre alerta. Muitas vezes descansar para mim significa ler muito, estar com os meus bichos, conversar com eles e comer pizza do Faustino.

D: No que esta trabalhando agora?

C: Revisão (chaaato) do Duas Vidas, para lançar em dezembro, e tornar o Apesar de Você um livro melhor do que ele tinha sido projetado.  Duas Vidas é mais romance e tem personagens bem jovens. A história é meio estilo Timeless: e se você pudesse voltar no tempo e refazer seus passos? Já o Apesar de Você é bem mais adulto e tem bastante mistério. Sem SPOILER, certo?

D: O que podemos esperar para os próximos trabalhos?

C: Não gosto de criar expectativa. Porque gera decepção. Prefiro dizer que podem esperar novos mocinhos e mocinhas bem complexas e diferentes de Thomas e Maxine. E não descarto um terceiro livro para a duologia Colateral. Mas não é minha prioridade nesse momento.

A respeito da Duologia:

D: Como surgiu a idéia do primeiro livro?

C: Era para ser um livro teste. Um conto de suspense. Mas cresceu e dai o Paralelamente me deu a ideia de cortar a história num momento marcante. E lançamos para errar tudo no primeiro livro. E erramos muito. Foi estressante, foi divertido, foi um surto. Mas depois valeu tanto a pena!

D: Quais foram as suas inspirações para criar o enredo e os personagens?

C: Como unir um jovem inglês que teve um aborto (Um hermafrodita) fruto de um abuso sexual com uma jovem com voz de anjo?  Epifania eu diria. Ele tomando a decisão de escolher seu gênero ao ver a intensidade da força de uma jovem concertista. Caminhos se cruzando e se perdendo até estarem lado a lado para o melhor ou pior.

D: Como foi pra você criar um personagem hermafrodita, como surgiu essa idéia?

C: Li no The Herald. Na pagina do jornal britânico na internet. Um caso de um garoto que virou notícia porque a mãe o obrigou a escolher um gênero e o pai que dizia que ele não precisava escolher. Ele era hermafrodita e ponto.

D: Entre o primeiro e o segundo livro o que mudou?

C: Tudo. Tive leitor teste. Foram sete pessoas pedindo a mesma coisa. E para atender o desejo de todos tive que criar um recurso do faz de conta que tudo isso nunca aconteceu. Então como teria sido? Sem sair muito do thriller psicológico e suspense. A diferença foi também o pouco que aprofundei Thomas no primeiro livro, já fazendo a opção de focar mais intensamente na sua personalidade peculiar, já que Max é a grande personagem do primeiro livro.

D: Quando iniciou a historia já sabia como seria o desfecho?

C: Sim. Eu tinha criado um final totalmente diferente. A equipe do Paralelamente disse: está maluca? Você vai cometer suicídio literário. Então segui para o mesmo fim que imaginara e no finalzinho mudei de A para B. Parece que eles tinham razão (risos).

D: Ao iniciar não confie, já imaginava que existiria o sem perdão?

C: Não. Eu ia fazer um conto onde Thomas e Max não seriam exatamente felizes.

D: De onde surgiu a idéia de abordar o tema clonagem?

C: Outro recurso que usei para explicar que não existe uma pessoa igual à outra por mais parecido que seja. Queria abordar que existe em tese a possibilidade de se clonar outro ser humano, mas ele jamais seria a pessoa que você amou porque a alma é “inclonavel “.

D: De tudo que mudou em sua vida após a primeira publicação, o que te deixou mais feliz?

C: Em 2013 eu descobri estar com câncer linfático de grau 3. Não era nada bom. Ao invés de me apegar ao drama, medos e receios, por que ninguém na minha família teve, eu tive que viver o que chamo de H.A.D. hoje, amanhã e depois. Não fiquei feliz de saber o que me esperava pelos anos seguintes. Mas também liguei o F@#$!&. Fiz a minha parte. Mas tive que parar de trabalhar e o ócio que me enlouqueceu. Li, li, li, até que descobri as novas autoras. Uma linguagem coloquial, objetiva e direta. Então pensei: acho que posso escrever assim. E, pôr esse filho nesse nosso mundo tão cheio de loucuras e podridão. Era como ter preparado ele para aguentar o tranco. Porque eu precisava aguentar o tranco. Eu diria que o câncer me ensinou a ser melhor em todos os sentidos. E, de quebra conhecer pessoas novas e voltar a retomar as coisas que não podia fazer pelas limitações da doença e tratamento. Eu finalmente me sentia mãe de um filho que seria jogado numa fogueira de vaidade e fiquei muito feliz em como ele se saiu vitorioso.


 Depois de conhecer um pouquinho mais do trabalho da Cris você pode adquirir os ebooks através da Amazon.com e os livros físicos diretamente com a autora.

Os ebooks estarão gratuitos na próxima terça feira dia 23/10 e os livros físicos com uma promoção incrível. 

Redes sociais: 
@cristimatthiesenauthor
www.crismatthiesen.com

Espero que tenham gostado! Um lindo fim de semana a todos! 

Top Five 2018

em 12 de outubro de 2018





Olá meus amores, estou aproveitando o dia de hoje para atualizar algumas postagens aqui no blog!

Tenho estado sumidinha nesse último mês, mas faz parte de todo um novo processo de adaptação. 

Hoje trago para vocês meu top five de 2018! 

As cinco leituras que mais amei fazer ate agora!

Espero que se divirtam com esse post e que eu possa ajuda-los a conhecer um novo livro que ainda não tiveram a oportunidade ou a curiosidade de ler!

E ai vamos lá?!

🔖Extraordinário: A história de Auggie nos faz voltar no tempo e entender o quão grande é o poder de uma criança e o quanto ela pode nos ensinar e nos fazer voltar a dar importância para o que realmente devemos na vida.

🔖No seu olhar: Como tudo de lindo que o tio Nick escreve esse é mais um romance que nos faz mergulhar e viajar. A história de Maria, filha de imigrantes mexicanos e Colin um cara um tanto perturbado pelo abandono nos faz sentir aquela ansiedade dentro do peito, aquela esperança e crença de que o amor cura tudo, ate as maiores dores!

🔖Série As sete irmãs: eu estou apaixonada por essa coleção de livros, cada nova história me faz ficar ainda mais ansiosa para descobrir todos os mistérios de Pa Salt! Um senhor rico, que adota sete meninas, cada uma de um canto do mundo, morre e deixa coordenadas para que todas possam descobrir sua verdadeira origem! É incrível!

Espero que tenham gostado das dicas de leitura!

Não deixem de me contar, vamos bater papo sobre essas histórias maravilhosas!

Olá Amantes das Letras!





Boa noite meus amores, como vocês estão?  ❤


Já faz um tempo que não apareço por aqui, tenho estado afastada das redes sociais, mas não por querer, e sim por não conseguir administrar meu tempo. Porém tudo esta começando a melhorar, ficamos desesperados por ajeitar as coisas, mas nada como o tempo para nos colocar no devido lugar.

Com paciência, força de vontade e perseverança chegamos a qualquer lugar, e cá estou eu, novamente conseguindo bater um papo com vocês!!

Em relação a minhas leituras, sim, estou mega atrasada, no momento estou lendo o segundo livro da duologia Colateral, da minha maravilhosa autora e parceira Cris Matthiesen. Li o primeiro livro e já resenhei la no IG, e posso adiantar para vocês que estou achando maravilhoso, estou com quase 70% do segundo livro lido e acredito que no máximo semana que vem eu já tenha acabado, e ai poderei fazer uma nova resenha pra vocês.

Estou matutando em minha mente como poderei fazer uma resenha sem dar nenhum spoiler, mas olha , vai ser difícil, porque a leitura é tão intensa e fluida que qualquer detalhe que eu deixar escapar pode tirar a emoção constante que o livro trás a cada nova pagina!

Após essa leitura ainda estou na dúvida do que ler tem uma lista gigante de livros me esperando, mas acho que vou pender para emoção e ler o quarto livro da serie: As sete irmãs da Lucinda Riley, ai gente a ansiedade me mata e o quinto livro da serie já foi lançado o que me deixou com os dedos coçando e o cartão de crédito gritando!

Esse post é mais pra eu matar a saudade que estava de papear com vocês, tenho um montão de posts pendentes aqui nas minhas organizações para fazer!

Em breve estarei retomando tudo aos pouquinhos!

Desejo a todos um lindo fim de semana!!!

Saudade enorme de viver mais o Doces Sonhos. ✌❤

Continuem por aqui, um beijo grande!


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