Tínhamos uma sincronia vazia, sem sentido e sem amor. Não
tinha borboletas no estomago, nem arrepio na pele. Não tinha palpitar no peito,
nem descontrole na respiração. Ainda assim eu insistia, insistia nesse amor que
não fazia parte de nada, e só trazia dor.
Sentia o peso que deixava em minhas costas, e a confusão que
causava em minha cabeça, comprometia minha sanidade e me deixava cega para todo
o resto.
Ainda assim meu corpo sentia uma necessidade de continuar, uma
dependência de algo que só existia em minha mente, talvez por medo, por
insegurança ou até mesmo ilusão.
Com o tempo percebi que não era ele quem eu amava, e sim a
pessoa que eu achei que ele era. A dor permanecia pela sensação de perda, perda
de algo que nunca tive e medo de continuar sozinha como sempre fui.
As vezes por mais que nossos olhos se abram, a alma é quem
chora por descobrir que sempre esteve perdida mesmo achando que podia se
encontrar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário